A Defensoria Pública da União quer esclarecimentos do governo do
Rio de Janeiro e do Ministério da Saúde sobre os motivos pelos
quais 43 das 75 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu) estão paradas em um depósito, de acordo com
informações da Secretaria de Defesa Civil. Uma investigação foi
aberta pelo defensor público André Ordacgy na semana passada, já
que, mesmo paradas, as ambulâncias continuam a receber recursos
federais para manutenção.
O Samu é um programa do Ministério da Saúde que, na cidade do
Rio de Janeiro, é administrado pela Secretaria Estadual de Defesa
Civil. Segundo Ordacgy, o Ministério da Saúde repassa ao Estado,
mensalmente, R$ 27,5 mil para a manutenção de cada ambulância de
suporte avançado e R$ 12,5 mil para cada viatura de suporte básico.
"Essas verbas são repassadas mensalmente só para manutenção. Se a
ambulância está parada, para onde está indo esse dinheiro? Essa
verba pública está sendo gasta onde?", disse.
O defensor público também quer saber do Ministério da Saúde por
que não foi feita nenhuma fiscalização para saber se as ambulâncias
do Samu estavam funcionando corretamente.
A Secretaria de Defesa Civil do Rio informou, por meio de nota,
que as ambulâncias estão paradas justamente para reparos. O recurso
estaria sendo usado para a manutenção da frota e para pagar pessoal
que trabalha nas unidades móveis.
O Ministério da Saúde informou que não recebeu nenhuma denúncia
formal sobre o caso. No momento em que há uma denúncia, pode-se
abrir uma auditoria. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o
funcionamento dos serviços do Samu é acompanhado por meio de
visitas técnicas.