Presidente da Fides diz que
seguros obrigatários podem ser caminho da expansão se houver
concordância da sociedade via interessante para ampliar a
presença do seguro na América Latina. Frisou, contudo, que os
programas de seguros obrigatórios só têm sentido se houver sintonia
fina entre as necessidades e inquietudes dos legisladores e dos
consumidores.
Ela participou, nesta semana, de um
seminário, em Madri, promovido conjuntamente pela Secretaría
General Iberoamericana (SEGIB), la Asociación de Supervisores de
Seguros de América Latina (ASSAL) e a Dirección General de Seguros
y Fondos de Pensiones (DGSFP), da Espanha.
Para ela, a colaboração entre os entes
públicos e privados é viável, porque os órgãos de supervisão do
setor podem chamar para si a missão de conciliar interesses de
ambas as partes, resultando em coberturas eficientes e preços
razoáveis aos consumidores. O órgão supervisor pode construir
esquemas benéficos para todos, disse. Como exemplo, ela citou
o caso do microcrédito adotado em alguns países em parceria com o
microsseguro, uma combinação que tem fortalecido sociedades e
economias em todo o planeta.
O seguro pode ser um destacado ator de
parcerias público privadas, na opinião dela, destacando
experiências positivas no agronegócio e em riscos extraordinários
ocorridas na Espanha.
Segundo ela, o seguro é um instrumento
de estabilização das economias e das sociedades, gerando segurança
para agentes econômicos e sociais. “Uma sociedade protegida sabe
que não pode evitar a desgraça, o infortúnio, mas pode se recuperar
mais rapidamente de suas consequências. Isso faz que as economias
se tornem mais eficientes e passem a ser mais arrojadas. Crescem
mais e adquirem mais capacidade de se proteger, cabendo ao
seguro se comportar como uma espiral virtuosa dessa trajetória de
expansão”, declarou ela.
Ela finalizou sua exposição lembrando
que as seguradoras são cada vez mais rápidas na liquidação de
sinistros, algo que repercute positivamente entre os clientes e
provoca retomada dos negócios mais rapidamente em toda a parte do
mundo. Apressar a conclusão dos sinistros é o passo mais
proeminente para o mercado alcançar a meta de ser uma eficiente
plataforma de serviços e de atingir sua ambição de, cada vez mais,
resolver problemas, e não apenas pagar indenizações, concluiu.