Disponibilizar um voucher para
as famílias gastarem com escolas particulares e com planos de saúde
privados. Essa é uma das propostas de Christian Lohbauer, do
partido Novo, candidato a vice-presidente da República na chapa
encabeçada por João Amoêdo.
Ele esteve na redação do ACidade
ON, em Ribeirão Preto, nesta quarta-feira (22),
explicando um pouco das promessas do Novo, partido criado em 2015 e
que promete não usar recursos públicos para se manter e para fazer
campanhas.
Segundo Lohbauer, o partido tem hoje 22 mil filiados que
colaboram, mensalmente, com o mínimo de R$ 30. "Esse dinheiro é
usado para manter o partido", explicou. "Também não utilizamos o
fundo partidário. Temos R$ 4 milhões em conta (originários do
fundo), mas queremos devolver ao tesouro nacional",
explicou.
Lohbauer nega que a legenda seja voltada para banqueiros e a
favor do estado mínimo. No entanto, confirma o plano, em caso de
sucesso nas eleições, de privatizar ao menos 150 empresas estatais.
"Aliás, muitas dessas estatais nem tem valor de mercado. Só tem
gastos", disse.
Veja alguns pontos da
entrevista:
Bolsa Família
"Temos consciência de como é o Brasil, do déficit social.
Somos a favor do Bolsa Família, mas com porta de entrada e saída.
Mas a melhor política social é emprego. É o emprego que dá
dinamismo para a economia.
Voucher para a Saúde e Educação
Temos que buscar políticas sociais para desafogar o sistema
SUS (Sistema Único de Saúde) e a educação pública. Temos a ideia de
criar um vale ou voucher para a Saúde e a Educação. Com esse
voucher, a família pode colocar os filhos das escolas particulares
e contratar um seguro saúde. Quem ficaria responsável por esses
voucher seriam as mulheres dessa família".
Privatizações
"Ouvimos muita gente dizendo que o Novo é a favor das
privatizações e do Estado Mínimo. Mas não é nada disso. Mas temos
um programa de privatizações de 150 estatais. Aliás, muitas delas
nem tem valor de mercado. Mas garanto que nunca falamos em Estado
Mínimo, queremos apenas um estado autossuficiente, que caiba dentro
da sua arrecadação".
Petrobras
"Precisamos avaliar melhor caso. Ainda não há uma posição
sobre privatizar ou não. Neste caso, várias questões precisam ser
estudadas. Mas defendemos um país sem reserva de mercado e sem
monopólio nos serviços".
Terceirizações
"Somos a favor das terceirizações. A ideia de que a
terceirização rompe com os direitos adquiridos dos trabalhadores é
falsa. Acho que é preciso liberalizar mesmo. Terceirização cria a
possibilidade de mais empregos. São 23 milhões de desocupados no
Brasil, que não são contratados pela camisa de força que há no
sistema trabalhista".