Entidades representativas do setor
público promoverão nesta terça-feira (28/8) um protesto
contra a redução dos gastos com assistência à saúde de
servidores. No início de 2018, o Ministério do
Planejamento determinou que todas as estatais federais deverão
implantar um sistema paritário de contribuição nos serviços de
assistência à saúde ao longo dos próximos quatro
anos. Funcionários públicos e empresas deverão dividir os
custos com a manutenção dos planos.
O ato está marcado para ocorrer na Câmara dos Deputados durante
audiência pública agendada para discutir o tema. A organização
conta com representantes de servidores de empresas estatais, como
Petrobras, Eletrobras, Caixa, Banco do Brasil, Correios e Banco
Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
Segundo as entidades, as resoluções
publicadas pelo Ministério do Planejamento inviabilizam as
autogestões, modelos sem fins lucrativos que possuem custos mais
baixos e melhor qualidade em relação aos planos
oferecidos pelo mercado. Além disso, alegam que as novas medidas
podem impor prejuízos a empregados e para as próprias
estatais.
Para o presidente da Associação dos
Funcionários do BNDES (AFBNDES), Thiago Mitidieri, a medida pode
não cumprir sua função de diminuir os custos dos planos de saúde
para as estatais. “O modelo de autogestão é mais econômico quando
comparado aos planos de mercado. Por isso, se avaliarmos com calma,
as medidas propostas podem acarretar em mais custo para o Estado,
além de piorar consideravelmente os serviços de saúde”, diz, em
nota.