Segundo pesquisa da Associação de
Consumidores excluídos dos convênios preferem cobertura ampla e
muitos não entendem bem a diferença entre plano individual e
coletivo Desempregados e aposentados que perderam o plano de saúde
antes custeado pela empresa, só pretendem voltar a contratar um
convênio médico se a operadora tiver uma boa rede de médicos e
hospitais, bom atendimento, agilidade para autorização de
procedimentos e ampla cobertura. O levantamento divulgado nessa
terça-feira foi feito pela Proteste Associação de Consumidores com
excluídos do planos da saúde privada. Segundo a entidade, o
resultado da pesquisa demonstra que os planos “populares” com
atendimento restrito, em estudo pelo Ministério da Saúde, não
interessa aos usuários.
Quando questionados sobre o modelo
de atendimento mais barato, porém restrito, os demitidos e
aposentados ressaltaram que têm receio de ficarem sem a cobertura e
serem forçados a recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS). Aqueles
demitidos em faixas etárias mais jovens têm expectativa de ter um
novo plano ao conseguir recolocação no mercado de trabalho e obter
o benefício por meio da empresa onde vierem a trabalhar. Já os
aposentados relatam que os preços elevados para sua faixa etária
tornam mais difícil voltar a ter um plano.
Na pesquisa, 86% dos entrevistados
sem planos de saúde, disseram ter recorrido ao SUS quando
necessitam de atendimento médico apesar de considerar o sistema
deficitário e mostrar insatisfação com a demora e a
superlotação.
DESINFORMAÇÃO- A Proteste também
realizou uma pesquisa quantitativa com usuários de planos de saúde.
A pesquisa mostrou que 70% dos usuários não sabem as diferenças
entre plano coletivo e individual, o que acaba distorcendo a visão
do momento atual de redução na oferta de planos individuais. Eles
confundem o plano coletivo com o familiar.
A pesquisa revelou que há uma
tendência dos consumidores em contratar planos coletivos sem
conhecimento prévio dessa modalidade. Apesar de os testes
comparativos da Proteste demonstrarem que reduziu em mais de 40% a
oferta de planos individuais impulsionada pela saída de grandes
operadoras do ramo, essa realidade não é percebida pelo
consumidor.
Os resultados da pesquisa apontam
que 64% dos corretores não explicaram as diferenças entre os
contratos, e o consumidor pode acabar contratando o plano coletivo
sem saber do risco de ter um reajuste elevado. Os planos coletivos
não têm o reajuste regulado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) e
podem ser rescindido pela empresa de forma unilateral.
O plano individual e familiar, tem
o reajuste regulado pela agência reguladora e os contratos não
podem ser rompidos unilateralmente. Esses planos familiares podem
ter um valor mais caro para o usuário no início do contrato em
comparação com um coletivo, mas com o passar do tempo, o modelo
pode ser mais vantajoso para o consumidor, já que os reajustes são
regulados.