Um pequeno grupo de médicos faz protesto em frente ao prédio do Ministério da Saúde, no Rio, contra o programa Mais Médicos. O Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro) e o sindicato da categoria fizeram a mobilização, que, segundo seus representantes, tem nesta terça-feira (8), dimensão nacional
Segundo o Cremerj, nenhum dos dez profissionais do programa que pediram o registro para trabalhar no Estado apresentou os "documentos mínimos" para exercer a profissão, como diploma traduzido, endereço do futuro local de trabalho e nome do preceptor - o que seria necessário para que seu trabalho fosse fiscalizado -, por isso ainda não foram liberados.
Pelo menos 24 Estados brasileiros participarão de protestos nesta terça-feira (8), dia em que a Medida Provisória 621/13, que oficializa o programa Mais Médicos, será votada na Câmara dos Deputados. As manifestações foram convocadas pela Fenam (Federação Nacional dos Médicos) na última sexta-feira (4).
Amapá e Rio Grande do Norte serão os únicos em que haverá paralisação total dos serviços, inclusive consultas agendadas. Os atendimentos de urgência e emergência funcionarão normalmente. Os profissionais do RN também participarão de um protesto às 16h em frente ao Sinmed-RN (Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte).
Com a paralisação, os médicos pretendem forçar o governo a rever o texto da MP, que visa, entre outras questões, passar para o Ministério da Saúde a responsabilidade de emitir um registro único para os médicos intercambistas que participarão do programa. A função atualmente é dos conselhos regionais de medicina.
No Ceará, os médicos paralisarão os trabalhos por uma hora a partir das 15h. Outros Estados também optaram por realizar manifestações contra o programa federal. Na Bahia, os médicos participarão de um protesto às 16h, no largo de Ondina, e em Mato Grosso (MT) a previsão é que os profissionais passem pelas unidades de saúde pública e privadas explicando os pontos negativos da MP.
Alguns profissionais também acompanharão a votação da MP na Câmara dos Deputados. A diretoria do sindicato de São Paulo, bem como 15 médicos de Pernambuco, estarão presentes no plenário.