Planos pequenos (até 20
mil usuários) e médios (até 100 mil) serão os mais prejudicados,
aponta levantamento divulgado pela Abramge PR/SC
Entra em vigor em janeiro o novo
Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, que inclui 87 novos
procedimentos na cobertura obrigatória dos planos de saúde. Fazem
parte da medida novos tipos de exames, cirurgias, consultas e
medicamentos orais para o tratamento de câncer, além do aumento do
número de consultas e sessões com fonoaudiólogos, psicólogos,
terapeutas ocupacionais e nutricionistas.
A Associação Brasileira de Medicina
de Grupo (Abramge PR/SC) divulgou esta semana um estudo segundo o
qual o impacto econômico destas mudanças nas despesas assistenciais
será 3,1% acima da inflação – sendo 1,7% apenas por conta dos novos
medicamentos. O estudo foi desenvolvido pela CTS Consultoria.
A entidade se diz preocupada com o
impacto econômico sobre as operadoras de saúde, já que os novos
procedimentos devem ser ofertados a partir no início do ano e os
planos só poderão sofrer reajuste no final de 2014. Cadri Massuda,
presidente da Abramge PR/SC, diz não ser contra a inclusão dos
novos procedimentos no rol, mas que não há como arcar com as novas
despesas sem variação de receita.
Segundo a Abramge PR/SC, as
operadoras que mais devem sofrer com as mudanças são as pequenas
(com até 20 mil usuários) e as médias (entre 20 e 100 mil
usuários), que não dispõem da mesma estrutura e reserva financeira
que as demais. A previsão de Massuda é que muitas operadoras fechem
as portas. Algumas inclusive já teriam parado de comercializar
planos considerados inviáveis.
Massuda diz que as despesas das
operadoras estão sempre em crescimento, por conta da evolução da
medicina e dos tratamentos, da tecnologia, do aumento da procura
por médicos e pela maior longevidade dos pacientes. Defende ainda
que a ANS busque estratégias para a saúde financeira das
operadoras