As estatísticas de Seguro DPVAT são os dados mais atualizados para a sociedade acompanhar o comportamento dos acidentes de trânsito no Brasil. O seguro cobre três tipos de indenização: morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas. Motoristas, pedestres e passageiros têm direito a essas coberturas quando sofrem um acidente de trânsito com um veículo automotor. É importante observar as diferenças de cada categoria de veículo e a evolução das políticas de trânsito para a redução da gravidade dos acidentes no País.
O número de pagamentos de indenização, em 2015, referente a reembolso de despesas hospitalares, invalidez permanente e morte, é 15% inferior ao ano de 2014. A maior queda registrada no período foi na cobertura de morte (19%), seguida de reembolso de despesas hospitalares (18%) e invalidez permanente (13%). As indenizações pagas por acidentes com motocicletas correspondem a 76% do total pago em todas as categorias em 2015, apesar de a frota deste veículo corresponder a 27% da frota nacional. Dos acidentes causados por motos, 83% geram algum tipo de invalidez permanente, por isso que o número de indenização por invalidez é maior do que em outras categorias de veículos.
A vítima em uma motocicleta fica mais exposta a sofrer um dano físico, lesionando membros, coluna e cabeça, devido às próprias características do veículo. A Região Nordeste apresenta um quadro mais agudo de solicitação de indenizações, motivada pelo crescimento da frota de motocicletas com a popularização do transporte. Conforme dados do DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito), a frota de motocicletas da Região Nordeste chega ao 44,8% do total de veículos. Outra informação importante sobre o crescimento do número de veículos de duas rodas é que, entre 2008 e 2015, a frota de motocicletas cresceu 83%, enquanto os demais veículos somados registraram um crescimento de 60% no mesmo período, o que evidencia a quantidade cada vez maior de motocicletas nas ruas e estrada do País. Já nas regiões Nordeste e Norte, o crescimento da frota de motocicletas, entre 2008 e 2015, foi de 146% e 134%, respectivamente.
A boa notícia é que a queda no número de pagamento de indenizações começou a ser percebida nos últimos anos, primeiramente na cobertura de morte, após várias medidas para conter o elevado volume de acidentes. Aumentaram a fiscalização e as leis de tolerância zero para o uso do álcool na direção, por outro lado, houve uma redução da velocidade em rodovias e ruas e, finalmente, uma maior conscientização da população. Antigamente motoristas e passageiros não usavam nem o cinto de segurança. Hoje tornou-se um hábito, crianças passaram a utilizar cadeirinhas especiais e andam no banco traseiro. Temos também os efeitos da desaceleração da economia e redução da venda de veículos novos, este aspecto influenciando as estatísticas a partir do ano de 2015. Os efeitos dessas medidas também foram percebidos em outras organizações que tentam medir a acidentalidade das ruas e estradas do país, mesmo utilizando diferentes critérios de pesquisa.
Todos os dados da operação do Seguro DPVAT, inclusive o histórico das estatísticas, estão disponíveis a qualquer cidadão no site da Seguradora e no portal da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Semestralmente, a Seguradora publica nos principais veículos do País seu balanço financeiro, agindo com transparência e lisura junto à sociedade. Site: www.seguradoralider.com.br