Uma receita extra de algo em
torno de R$ 30 bilhões para o SUS. Essa foi a conta feita pelo
ministro da Saúde, Ricardo Barros, sobre o impacto do projeto de
plano de saúde popular, que onere menos os cofres governamentais,
desafogue o sistema e aumente a produtividade. A ideia está sendo
estudada por uma grande força-tarefa, que inclui representantes dos
governos em vários níveis, além de federações hospitalares e
médicas, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e entidades
de defesa do consumidor. A proposta polêmica tem encontrado várias
vozes contra, e os movimentos sociais o classificam como a
privatização do SUS.
“É muito importante que possamos ampliar (a assistência) já
que o Governo Federal esta em déficit fiscal e com muita
dificuldade. Nós estamos procurando outras fontes de financiamento
para a saúde. Se nós conseguirmos trazer mais pessoas para os
planos de saúde elas contribuirão com seus recursos e com isso vão
ajudar o financiamento da saúde brasileira. O plano de saúde
acessível nada mais é que uma flexibilização no roll mínimo de
exigências da ANS para os planos de saúde de internação
hospitalar”, justificou. O ministro ainda comentou que os atuais
planos de saúde têm 50 milhões de usuários no País e um faturamento
de R$ 140 bilhões. O chefe da pasta enfatizou que o plano, se
passar, terá adesão livre. “O governo apenas esta propondo mudar a
regulação”, afirmou.
Para Barros, a estratégia é
uma forma de abarcar gratuitamente quem realmente precisa do SUS,
ou seja, aqueles que não têm condições mínimas de pagar um pacote
na rede privada. “Quem precisa efetivamente do serviço público vai
ter um atendimento melhor, vai ter facilidade de acesso. O que nós
queremos é otimizar e melhorar para todos. Queremos uma fórmula em
que todos ganhem.