A notícia publicada ontem de que a
Seguradora Boliviana Bisa não indenizaria os familiares das vitimas
do acidente com a aeronave CP 2933, da Cia Aerea La Mia, ocorrido
em 29 de novembro de 2016, não é oficial, segundo o advogado João
Tancredo, que representa algumas famílias.
No dia 28 de fevereiro, o Jornal O
Globo publicou uma matéria intitulada de “Voo da Chapecoense:
seguradora boliviana diz que não pagará seguro às vítimas”,
informando que a Bisa Seguros e Resseguros não arcaria com o
pagamento do seguro às vítimas.
Segundo o advogado João Tancredo,
representante de uma das famílias das vítimas e principal fonte da
matéria do jornal O Globo esta informação não é oficial e foi
concedida por um dos seus clientes.
Em entrevista exclusiva ao CQCS,
João afirmou que obteve contato com essa informação através de
conversas informais. “Essa informação não é criação minha. Fiquei
sabendo da novidade através dos meus clientes que me ligaram,
informando que a seguradora não iria realizar o pagamento por ter
sido pane seca”, afirma o advogado.
Na oportunidade, João Tancredo
afirmou ainda que será realizada uma nova reunião aberta aos
representantes para esclarecimentos entre o Clube, familiares e
vítimas. “Alguns clientes que me informaram a respeito desta nova
reunião”. O advogado disse ainda que o momento é de espera para
novas informações sobre o caso.
Portanto, segundo os fatos
apurados, ainda não existe posição oficial sobre o pagamento ou não
das indenizações aos familiares das vitimas do acidente com a
aeronave CP 2933, da La Mia.
O acidente
O avião que transportava o time da
Chapecoense caiu na madrugada de 29 de novembro do ano passado na
Colômbia. Das 81 pessoas a bordo, entre tripulantes, passageiros,
jogadores, equipe técnica e jornalistas, 76 morreram. A Chapecoense
disputaria a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional
de Medellín na cidade colombiana Medellín, para onde viajava. A
equipe embarcou em um voo fretado pela LaMia, da Bolívia, que
partiu do aeroporto de Guarulhos (SP), mas a rota foi alterada após
a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vetar o fretamento.
Indenizações
A companhia aérea boliviana Lamia
anunciou no dia 14 de dezembro o início aos trâmites perante sua
seguradora para indenizar os sobreviventes e familiares dos mortos
na queda do avião que transportava a delegação Chapecoense.
O montante da indenização para cada
vítima é de US$ 165 mil, segundo o estabelecido no Convênio
Internacional sobre Aviação Civil, afirmou à Agência Efe por
telefone de Santa Cruz o advogado da Lamia, Nestor Higa.