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Policial e instrutores de parapente são acusados de fraudar seguradoras

Fonte: CQCS Data: 03 maio 2017 Nenhum comentário

Acusados de integrarem uma quadrilha que aplicava o golpe conhecido como “tombo no seguro” – que consiste em forjar roubos de veículos para receber o seguro de maneira indevida -, três homens estão sendo procurados por agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança Pública.

Na tarde de ontem, outros seis acusados de integrarem o bando foram presos durante a Operação Voo Livre, que também cumpriu 27 mandados de busca e apreensão. Entre os acusados está o policial civil Fábio Augusto de Mello Xavier, preso em São Gonçalo, durante a operação deflagrada na última quarta-feira. Além dele, que era identificado como Garotinho, foram presos: Natanael Azeredo de Ferreira e Lourival Rodrigues da Silva Junior, o Gaivota. Ambos atuavam como instrutores de parapente e eram conhecidos em Niterói pela atividade esportiva. Permanecem foragidos: Vagner Ramos, Roney Petrucio Oliveira Nascimento e Paulo Henrique Saraiva Santos. Na casa de um dos acusados, Fernando Tadeu Nascimento, em Teresópolis, os agentes apreenderam carros e motocicletas, que vão passar por perícia.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, as fraudes consistiam na locação ou aquisição de automóveis com uso de documentos falsos e pagamentos com cartão de crédito “clonado”. Na aquisição, a quadrilha transferia a propriedade do veículo para outro integrante da organização, com mudança do município de emplacamento para dificultar a origem ilícita. A partir daí era contratado um seguro e pouco depois era confeccionado um registro de ocorrência em delegacia relatando a prática de roubo.

Com o documento, a seguradora era comunicada e a indenização paga, em benefício do grupo criminoso. O carro era escondido e desmanchado para a comercialização das peças. Outra fraude consistia na locação de veículos com documentação falsa e posterior desmanche ou transferência dos carros de forma indevida junto ao Detran. Como consequência, as empresas lesadas registravam ocorrência contra pessoas inocentes que tiveram seus documentos falsificados pela quadrilha. O policial civil denunciado seria responsável por produzir os falsos registros de ocorrência para obtenção das indenizações junto às seguradoras. A 71ªDP (Itaboraí), 72ªDP (São Gonçalo), 73ªDP (Neves) e 74ªDP (Alcântara) foram as delegacias onde foram verificadas fraudes, nas quais Fábio prestou serviços de plantão. “Sabemos que a participação dele foi muito importante para que as fraudes acontecessem. Ele sabia o que estava fazendo e chegou a receber pelos serviços. Em uma das transações verificamos que ele recebeu R$ 400 pelo registro de ocorrência”, explicou o promotor Walter de Oliveira, que atua no caso.

 

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