O programa Cultura do Seguro, mantido
desde 1992 pelo Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros do
Estado de SP) e Sindseg SP (Sindicato das Seguradoras do Estado)
para levar conhecimento do setor, foi reformulado e ganhou força em
parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Em
reuniões com o secretário de Educação do Estado, José Renato
Nalini, foi viabilizado que o programa seja levado a mais de 500
escolas estaduais neste segundo semestre.
O lançamento oficial do programa
aconteceu nesta quarta-feira, 26/07, no Teatro Fernando de Azevedo,
localizado no mesmo prédio da Secretaria da Educação. O educador
Sadao Mori, que participou da criação do Projeto de Vida Segura,
disse que o trabalho é aderente à Estratégia Nacional de Educação
Financeira (ENEF) do Governo Federal.
Mori explicou que, com a tecnologia e
a difusão de informações, o papel do educador e da escola mudou: o
aluno não depende mais do professor para ter acesso a conteúdo, a
função da pedagogia passa a ser de fazer com que o aluno “aprenda
como aprender”, ou seja, desenvolva o indivíduo para que ele seja
capaz de tomar decisões.
E para prender a atenção dos alunos em
tempos de tecnologia, a ideia foi levar o aprendizado para os
smartphones, com a criação de um game que cria situações em que o
jogador precisa tomar decisões sobre como cuidar de seu patrimônio,
que o façam refletir sobre prevenção e que fique sensibilizado para
o planejamento. “Precisava ser uma experiência significativa, que
fizesse sentido para o aluno. Facilita a aprendizagem por caminhos
inovadores”, disse.
Os corretores de seguros voluntários,
que irão atuar como educadores nas escolas, farão uma dinâmica com
os alunos para ver quem chega com maior patrimônio ao final da
rodada, e a aula é encerrada com um vídeo desenvolvido para o
projeto, para ensinar de forma descontraída alguns conceitos sobre
a importância do seguro.
O presidente do Sincor-SP, Alexandre
Camillo, enalteceu o trabalho de levar a cultura do seguro à
sociedade, destacando os profissionais que criaram e desenvolvem o
programa por tantos anos. “Os corretores de seguros são os naturais
disseminadores da cultura do seguro, por serem o elo com a
sociedade. Antes da reparação, o seguro promove a prevenção, e nada
melhor do que prevenir para termos um mundo mais organizado e em
rumo de melhor planejamento. O Projeto de Vida Segura traz este
aspecto de trabalho de cidadania junto à sociedade, com jovens que
estão em idade de iniciar planejamento”.
A importância da educação securitária
aos jovens também foi destacada pelo presidente do Sindseg SP,
Mauro Batista. “A luta pela propagação do seguro, sem dúvida, é um
exercício de cidadania. Temos a preocupação de que o seguro, um
agente do bem, indispensável para a vida, tenha seu desenvolvimento
para que as famílias e pessoas estejam protegidas. Os problemas de
nosso País podem ser solucionados a partir da educação, que é base
de qualquer povo. O programa Cultura do Seguro já levou o setor a
mais de 3 mil escolas, e no novo modelo, acreditamos que deva
despertar ainda mais o interesse dos jovens que estão conectados à
tecnologia”.
O diretor do Sincor-SP responsável
pela condução do Cultura do Seguro, e 2º secretário, Osmar
Bertacini, frisou a felicidade em ver a conclusão do trabalho de
modernização do programa, que é de grande importância para a
sociedade. “Vamos levar de forma atrativa o mercado de seguros aos
jovens, que representam um terço dos novos consumidores de seguros,
e a quem precisamos conscientizar. Demandarei todos os esforços
para que esse programa se fortaleça e multiplique cada vez
mais”.
Marcio Coriolano, presidente da CNseg
(Confederação Nacional das Seguradoras), destacou a convergência
das entidades trabalhando para o bem comum. Já o presidente da
Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar, definiu o lançamento do
programa como um marco para a educação sobre o setor.
Antonio Penteado Mendonça, corretor de
seguros, advogado, e assessor jurídico do Sincor-SP, responsável
pela aproximação das entidades com o secretário da Educação, também
comentou sobre a união de forças. “Meu mérito foi ter unido amigos
que podem, que sabem e que fazem. É por isso que este projeto vai
dar certo e é uma revolução no ensino do seguro, principalmente
pela forma que ele vai chegar no jovem”.
O secretário de Educação, José Renato
Nalini, fechou o cerimonial enfatizando que, apesar de todas as
dificuldades, ainda há professores e educadores empenhados em levar
o conhecimento, em formar os jovens. “A escola hoje tem que
estimular o aprendizado. Todos nós ganhamos quando nos aproximamos
de uma escola e levamos carinho, que é o que a rede pública mais
precisa. Com este Projeto de Vida Segura nós vamos transformar a
escola pública de São Paulo, quem vai ganhar é a humanidade, pois
iremos tornar a escola mais humana, mais próxima da vida – tenho
certeza que este projeto fará isso”.