Relatório de Atividades das Ouvidorias
do mercado de seguros constata queda significativa
A relação entre consumidores e planos
de saúde está passando por uma transformação positiva. A 7º Edição
do Relatório de Atividades das Ouvidorias do mercado de seguros,
divulgado nesta quinta-feira (27), comprova essa realidade. Em
2016, o número de reclamações que chegaram às operadoras,
referentes à contratação, reduziu 17% em comparação a 2015. De
acordo com o levantamento da Confederação Nacional das Empresas de
Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e
Capitalização (CNseg), as reclamações envolvendo reembolsos
sofreram queda de 7% em relação ao ano anterior.
Na avaliação da presidente da
Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Solange
Beatriz Palheiro Mendes, os números apontam para essa mudança de
comportamento do consumidor e do próprio mercado: “O setor passa
por um momento de transição. Considerando o modus operandi do
mercado, o segurado só tem contato direto com a seguradora no
momento do pagamento do sinistro. Mas, estamos percebendo, pelo
lado do consumidor, o interesse em ter um contato mais próximo com
as seguradoras, não apenas no momento do sinistro como também na
hora da contratação. Ele quer saber o que está contratando, o que a
empresa está oferecendo, o que é proteção, até qual valor ele está
protegido etc. E tudo isso é na pré-venda, e não na pós-venda. As
ouvidorias, por sua vez, estão no meio do caminho ao atender as
reclamações. Com essa nova realidade, essas equipes estão também no
papel de aproximar esse cliente da empresa. É um grande desafio
para as ouvidorias”.
O relatório também aponta a negativa
de autorização como o principal motivo de reclamação por parte dos
consumidores, com 12% para plano médico-hospitalar (tipo
coletivo/empresarial) e 19% no plano odontológico (perfil
individual). “Precisamos aprimorar o serviço muito em função de não
se negar indevidamente, e sim em fazer o cliente entender o que
está coberto no seu plano, se ele tem ou não direito a determinado
procedimento”, defendeu Rodrigo Machado Ribeiro, gerente de
Ouvidoria da Amil.
Segundo Silas Rivelle Jr, presidente
da Comissão de Ouvidoria da CNseg e Ouvidor da Seguros Unimed, a
Saúde Suplementar é um setor de muita entrega, mas precisa melhorar
no quesito informação. “Aproximadamente 60 a 70 por cento das
reclamações que chegam às ouvidorias estão ligadas à falta de
informação, seja em relação ao contrato ou ao serviço. Na atividade
securitária, a informação é fundamental”, explica.
Luiz Gustavo Meira Homrich, ouvidor da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), apresentou o Relatório
de Atividades. Ao longo de 2016, a Ouvidoria da Agência totalizou
8.139 demandas relacionadas aos planos de saúde. Desse total, 8.094
foram finalizadas ainda em 2016. “A grande maioria das demandas
recebidas em 2016 se encontra finalizada dentro do próprio ano,
alcançando um Índice de resolubilidade de 99,4%. Isso demonstra a
consolidação do nosso trabalho”, afirma.
Canais – De acordo com o Relatório de
Atividades das Ouvidorias da CNseg, 97% dos consumidores de planos
de saúde acessam as ouvidorias pelos canais diretos das empresas:
74% optaram pelo telefone; 15% pelo site da empresa; e 7% pelo
correio eletrônico.