A jovem, que trabalha como recepcionista, ganha R$ 1 mil, valor que não dá para comprar o medicamento, que soma R$ 2,4 mil por mês. Ela precisa tomar as injeções durante 10 meses.
Ela chegou a ficar grávida há três anos, mas perdeu o bebê. Ela chegou a doar o enxoval que tinha feito e, agora, ainda não conseguiu montar outro devido ao custo das injeções.
A operadora do plano de saúde informou a ela que não há obrigatoriedade em fornecer o medicamento, a não ser em caso de internação.
Jackeline foi até a Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa para tentar pedir o medicamento. Porém, ela foi informada que as injeções ainda estavam em processo de compra e elas nunca chegaram.
“Eu tenho que tomar as injeções, porque senão o sangue coagula e eu perco o neném”, disse.
A recepcionista chegou a procurar o Ministério Público para conseguir as injeções. Porém, a Secretaria Estadual de Educação enviou um documento ao órgão explicando que não tem mais orçamento para comprar medicamentos este ano. O MP, então, orientou a recepcionista a procurar a Defensoria Pública para tentar entrar com alguma ação obrigando o estado a comprar o medicamento.
Diante desse impasse, ela teme não conseguir pagar toda a medicação e perder outro filho. “Dessa vez eu quero ver o rostinho [do bebê]. Da outra vez eu não tive coragem, por que já nasceu morto. Dessa vez eu quero ver, pegar, sentir, ser mãe mesmo”, disse.