O
mercado de seguros apresentou crescimento de 4% nos primeiros meses
do ano e arrecadou cerca de R$ 46 bilhões. Os dados, apresentados
pela Susep em sua Síntese Mensal, mostram um cenário favorável para
o Corretor de Seguros aumentar suas vendas e oferecer novos
produtos a seus clientes.
Dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida,
FenaPrevi, mostram que as contratações individuais de seguro
de vida cresceram 26,2% em comparação ao ano anterior. Agora, nos
dois primeiros meses de 2021, o número teve um aumento de 24,9% na
comparação com o primeiro bimestre do ano. O Corretor de Seguros
Thiago Senna, Corretor especialista em Seguros de Vida e membro do
MDRT, explicou que a pandemia despertou nas pessoas uma necessidade
de se planejar, de ter uma forma de reserva, por isso o crescimento
do seguro de vida.
O
crescimento da demanda, consequentemente, traz oportunidades para o
Corretor. “Você que é corretor e faz o seguro auto de um cliente,
não faz sentido fazer o seguro de vida também? Você está abrindo
espaço para o concorrente oferecer um serviço mais completo.
Existem muitos Corretores que exploram esse ramo, mas especialistas
são poucos. Como membro do MDRT, que é uma organização para membros
seletos, percebo como as pessoas ainda não exploram o seguro de
vida como um produto consultivo e personalizado”, disse.
Por
outro lado, o seguro garantia, movimentou no primeiro semestre de
2020, cerca de R$1,5 bilhão em prêmios e R$ 3 bilhões de vendas em
2019, demonstra um bom panorama também para o Corretor. Lucas Vilas
Boas, profissional que trabalha com seguro garantia há 20 anos,
afirma que o produto pode ser uma boa possibilidade para quem
deseja aumentar sua rentabilidade. “Não é um seguro vendido, é um
seguro comprado. O cliente precisa do produto para faturar, para
ganhar negócio e não uma despesa. O Corretor precisa se atentar às
oportunidades e saber onde encontrar o melhor produto para aquele
cliente”.
Lucas também pontua que há uma oportunidade em relação ao
faturamento. “É bem interessante para você fazer crosseling e
buscar outras oportunidades com aquele cliente. Para ser bem
remunerado nessa carteira, ele precisa de clientes grandes, com
faturamento alto, ou tem que ter uma carteira com muitos pequenos
clientes”.
Outra vertente que pode ser seguida pelo Corretor de Seguros e que
está trazendo resultados positivos é a comercialização de produtos
bancários, como os que são oferecidos pela C6seg. O Corretor
Antonio Carlos, da Oito Corretora de Seguros fez essa aposta há um
ano e já conseguiu colher alguns resultados. De acordo com ele, é
uma oportunidade de vender aos clientes da carteira produtos que
normalmente eles buscam em bancos.
“Agora podem contar com o corretor para isso. Não oferecer é abrir
mão. Em tempos modernos, o cliente prefere concentrar ações para
reduzir burocracia e gerar oportunidades. Não apostar é reduzir as
oportunidades de negócios ou deixar para concorrentes fazer o
trabalho”, pontuou.