O mercado brasileiro pode rapidamente dobrar de tamanho se empoderar o Corretor de Seguros. A afirmação foi feita pelo consultor Rogério Vergara durante o workshop “Impacto dos Novos Normativos – CNSP e SUSEP – no dia a dia dos Corretores de Seguros”, organizado pelo também consultor, Sergio Ricardo. Segundo ele, esse processo de empoderamento passa por novas atribuições para o Corretor, incluindo a sua atuação como se fosse uma agência de seguros, modelo adotado com sucesso nos EUA. “Lá, as agências de seguros pertencem a corretores, que ganham também pelo trabalho realizado na aceitação de riscos e na liquidação de sinistros. Isso desafoga as seguradoras”, acrescentou Vergara, explicando ainda que esse conceito é diferente, por exemplo, das assessorias de seguros brasileiras.
Segundo ele, já há “duas ou três agências” dentro desse modelo atuando com sucesso no Brasil.
Vergara argumentou que em seguros massificados, como o de veículos, muitas seguradoras simplesmente não conseguem atuar no Brasil inteiro, até porque é muito caro manter filiais lucrativas. “A maioria dessas sucursais é deficitária”, comentou.
Com isso, explicou, surge um amplo espaço para que corretores formem parcerias para atuar como agências em determinados locais, representando as seguradoras. “As companhias podem fazer um contrato para que esses corretores a representem, inclusive para aceitar riscos e regular sinistros, dentro de um processo transparente. Esses corretores podem, inclusive, ampliar a operação para cidades vizinhas. Seria infinitamente mais econômico para as companhias de seguros a operação em parceria com os Corretores”, concluiu.