Especialistas do setor afirmam que o volume de negócios irá aumentar, ampliando as possibilidades de ganho para corretores e seguradoras
A decisão do governo de São Paulo de ampliar o horário de atendimento do comércio e de serviços, além do aumento na capacidade de ocupação dos estabelecimentos em até 80%, animou o mercado de seguros. Com o avanço da vacinação e o consequente controle da pandemia, há uma expectativa para a retomada gradual dos negócios.
“Com base nesse cenário, entendemos que haverá um aquecimento da economia como um todo. Falando especificamente do mercado de seguros, embora alguns ramos tenham apresentado crescimento ao longo dos últimos meses, como o Vida e o Rural, o sentimento é de que o volume de negócios irá aumentar, ampliando as possibilidades de ganho para corretores e seguradoras”, afirma Luis Forster, CEO da BI.nsurance, especializada em inteligência de mercado e soluções analíticas para a indústria de seguros.
Para ele, essa mudança de hábitos e costumes causados pela pandemia pode mudar o patamar de alguns nichos, como o seguro residencial, que também apresentou crescimento. “Como muita gente passou a ficar mais em casa, puderam perceber a importância deste produto. O próprio seguro de Vida ganhou um novo status com a ‘conscientização forçada’ das pessoas, devido a esse período de incertezas”, completou.
Quem também está otimista com essa nova fase do plano de transição do governo de São Paulo é a Argo Seguros. A companhia entende que o crescimento na demanda e oferta do setor do comércio deve gerar um aumento direto na procura por apólices. “Muitas empresas voltaram a operar presencialmente e, com isso, passaram a contratar novos colaboradores, melhorando o atendimento aos seus clientes. Enxergamos com naturalidade um reaquecimento na busca por apólices para proteger tanto profissionais, quanto estabelecimentos comerciais nesse processo de retomada”, comenta Mariana Miranda, head de Transportes e Corporate Sales da seguradora.
O estado de São Paulo, principal mercado do país, está atualmente na fase de transição, o que permite o retorno gradual e seguro das atividades. Até 16 de agosto, o governo autorizou o setor de serviços, atividades culturais, academias de esporte, salões de beleza e barbearia, além de restaurantes e similares, a atender presencialmente entre 6h e meia-noite.
Os critérios do ‘Plano São Paulo de Retomada’ são baseados em seis pilares, divididos igualmente entre duas áreas distintas ‘sistema de saúde’ e ‘economia e sociedade’. Na primeira estão disseminação da doença; capacidade do sistema de saúde; testagem e monitoramento de transmissão protocolos; enquanto no segundo estão indicadores ligados à vulnerabilidade econômica; comunicação e transparência; e abordagem regional.