Aproximadamente 95% dos Corretores que comercializam seguros
massificados terão que passar por um processo de readaptação muito
forte, em razão das novas regras e obrigações que estão sendo
implementadas pela Susep. O alerta foi feito pelo consultor Sergio
Ricardo, durante o workshop “Impacto dos Novos Normativos – CNSP e
SUSEP – no dia a dia dos Corretores de Seguros”. Segundo ele, é
preciso também chegar a um acordo com as seguradoras sobre como
informar para o cliente o valor da comissão, seja antes da
assinatura da proposta, como estabelece a Resolução 382/20 do CNSP,
ou nas apólices, obrigatoriedade que constará na futura circular da
Susep sobre aceitação do seguro e emissão da apólice.
Para
Sergio Ricardo, que organizou o evento, é “muito difícil” explicar
para o cliente a razão para o Corretor receber 15% de comissão.
“Por isso, é preciso que as entidades que representam a categoria e
as seguradoras sentem para conversar. Até porque boa parte dos
custos administrativos das companhias foi passada para os
corretores”, acrescentou.
O
consultor lembrou ainda que os consumidores brasileiros, em geral,
sempre buscam o melhor preço e nem sempre valorizam o trabalho
realizado pelo Corretor de Seguros. “Isso precisa mudar”,
acentuou.
Ele
citou ainda como outro grande problema a criação da figura da
Sociedade Iniciadora de Serviços de Seguro (SISS) no âmbito do Open
Insurance, destacando que esse será um representante do cliente,
mas não receberá comissão. “Na prática, o SISS não poderá ser uma
Corretora de Seguros. Mas, poderá ser qualquer outra coisa. Os
Corretores de Seguros estão excluídos do Open Insurance, assim como
as Corretoras de Valores também estão fora do Open Banking”,
salientou.