Americanos que não possuem seguro de saúde muitas vezes têm dificuldades em obter cuidados médicos e pagar por remédios.Mas o que acontece uma vez que eles dão entrada num hospital com uma doença com risco de morte? Um novo estudo revela que, mesmo depois de sofrer ataques cardíacos ou derrames e serem admitidos em hospitais, as pessoas que não contam com seguro de saúde têm maior probabilidade de morrer do que as seguradas.
Uma lacuna persistiu mesmo depois que os pesquisadores ajustaram disparidades na situação de saúde e sócio-econômica dos pacientes, entre outros fatores.
Os pesquisadores analisaram mais de 150 mil altas hospitalares de americanos em idade laboral, entre 18 e 64 anos, que foram hospitalizados por uma das três principais casas de mortes de pacientes internados: ataques cardíacos, derrame e pneumonia.
Os dados foram obtidos da Amostra Nacional de Pacientes Internados de 2005. O estudo descobriu que pacientes sem seguro de saúde que tiveram ataques cardíacos tinham 52% mais chances de morrer no hospital do que as pessoas com seguro. Os que tinham tido derrame tiveram 49% mais chances de morrer no hospital. "Achávamos que haveria alguma disparidade e um pouco de diferença, mas nos surpreendeu a enorme diferença", disse o Dr. Omar Hasan, médico do Brigham and Women's Hospital, em Boston, e principal autor do estudo, publicado no "Journal of Hospital Medicine".
Uma razão, sugeriu Hasan, pode ser que os pacientes com dificuldades em obter assistência médica tenham a doença em estágio mais avançado. "É fato que as pessoas sem seguro adiam a visita ao médico", ele disse. "Derrame e ataque cardíaco são resultado de coisas que acontecem com o corpo e com os vasos sanguíneos ao longo de muitos anos", concluiu.
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