De acordo com o Relatório de Progresso 2013 sobre o Compromisso com a Sobrevivência Infantil: Uma Promessa Renovada, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Brasil conseguiu reduzir em 77%, entre os anos de 1990 e 2012, a taxa de mortalidade infantil. O indicador que trata da taxa de mortalidade infantil calcula a probabilidade de morte entre o nascimento e os 5 anos de idade a cada mil nascimentos. A taxa de mortalidade infantil compõe a expectativa de vida ao nascer, que faz parte do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Em 1990, o índice de mortalidade no Brasil era 62 para cada mil nascidos vivos. Em 2012, o número caiu para 14, o que coloca o país em 120º lugar no ranking entre mais de 190 países.
Com base nos índices, a região Nordeste foi a que registrou o maior percentual de queda: 77,5%, passando de 87,3 por 1.000/NV para 19,6 por 1.000/NV. Os estados que mais se destacaram foram Alagoas (-83,9%), Ceará (-82,3), Paraíba (-81), Pernambuco (-80,9) e Rio Grande do Norte (-79,3). O trabalho do Unicef aponta em relação ao Brasil, que a evolução verificada foi das mais significativas comparada a outros 196 países. É preciso destacar também que o País não só já atingiu a meta estabelecida pelo Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, da Organização das Nações Unidas (ONU), como superou em 33% esses objetivos previstos.
Um importante aspecto ressaltado no estudo é que os índices alcançados pelo Brasil devem-se a fatores que de há muito eram sugeridos como essenciais para combater esse problema. Assim, segundo o Unicef, a queda no índice de mortalidade infantil no País tem como base o foco na atenção primária de saúde, a melhoria no atendimento materno e ao recém-nascido, a promoção do aleitamento materno, a expansão da imunização e a criação de iniciativas de proteção social como o programa de transferência de renda Bolsa Família. Ações simples, como se nota, mas que por falta de decisão política, só vieram a receber a devida atenção nos últimos anos.