Em São Paulo, a concentração foi realizada em frente à sede do Simesp às 9h30 e partiu para a Praça da Sé onde houve um ato público.
Oitenta por cento dos médicos que atendem as operadoras e planos de saúde paralisaram na quinta-feira (7) suas atividades em protesto contra as condições a que são submetidos e que prejudicam diretamente os pacientes. A avaliação é do presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Cid Carvalhaes.
Em São Paulo, a concentração foi realizada em frente à sede do Simesp às 9h30 e partiu para a Praça da Sé onde houve um ato público. Participaram médicos de várias especialidades e de outras áreas da saúde, como psicólogos, farmacêuticos, dentistas, cirurgiões-dentistas e terapeutas ocupacionais, entre outras.
Também apoiaram o movimento algumas entidades que representam pacientes e consumidores, como a Ordem de Advogados do Brasil (OAB/SP). “Foi um sucesso porque é um movimento da sociedade como um todo, uma vez que se trata de um problema social de grande relevância”, resumiu Carvalhaes, ao se referir aos planos, “considerados como atravessadores da saúde, que exploram médicos e prestadores de serviços”.
De acordo com o coordenador da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu), Aloísio Tibiriçá Miranda,o alerta foi dado às operadoras de planos de saúde e à sociedade com relação aos problemas percebidos pela categoria médica. "De agora em diante, esperamos que seja feita uma negociação real pelas empresas para acabar com a defasagem dos honorários e a interferência na autonomia dos profissionais”.
A previsão é que em 30 dias os líderes do movimento se reunirão para reavaliar o andamento das negociações com os representantes dos planos de saúde. Este trabalho será conduzido pelas entidades médicas em nível regional.
Congresso Nacional
Paralelamente, algumas outras iniciativas acontecerão na esfera política. Já está prevista a realização de uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o tema e encontrar uma solução. Contudo, os parlamentares responsáveis pela solicitação não descartam o pedido de abertura de CPI para apurar supostas irregularidades na saúde suplementar.
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal promoveram audiência pública especial em torno das reivindicações dos médicos. O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente do grupo, anunciou a criação de uma subcomissão de saúde dentro da Comissão. “Esta mobilização dos médicos é um grito do povo brasileiro em relação à saúde”, ressaltou o parlamentar.
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