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Preços de seguros seguem em queda, mas ritmo fica mais moderado

Fonte: Segs Data: 26 agosto 2016 Nenhum comentário

As tarifas de seguro de bens e responsabilidades (P&C) registraram entre abril e julho seu 13º trimestre consecutivo de quedas. Mas o ritmo das reduções apresentou moderação, a exemplo do que aconteceu no primeiro trimestre deste ano. É o que informa o mais recente relatório global de preços de seguros da corretora Marsh. Segundo a empresa, em todo o mundo, os preços das coberturas de seguro caíram em média 3,6% no segundo trimestre.

Entre janeiro e março, a queda havia sido de 3,8%.A continuidade do longo mercado brando, ainda que com quedas menos acentuadas, adiciona um elemento de pressão sobre os resultados das seguradoras globais, que apresentaram deterioração no primeiro semestre.Nas últimas semanas, várias empresas divulgaram lucros menores entre janeiro e junho, na comparação com o mesmo período do ano passado.

A deterioração se deve não só aos efeitos das quedas de preços sobre o faturamento das seguradoras, mas também a uma alta da sinistralidade catastrófica no segundo semestre e as baixas taxas de juros nos países desenvolvidos, que afetam a performance de seus investimentos.Por regiãoA América Latina foi uma das regiões que apresentaram as quedas de preço mais modestas: 2,9%. Apenas o mercado europeu, excluindo o Reino Unido, teve reduções menos significativas (2,6%).Na Ásia, os preços caíram uma média de 3,4%, nos Estados Unidos, de 3,9%, e no Reino Unido, de 4,8%.Das cinco regiões, apenas os Estados Unidos tiveram uma queda mais acentuada no segundo trimestre do que no primeiro. Na América Latina, os preços haviam caído 5,5% entre janeiro e março, segundo a Marsh.As coberturas de property tiveram uma queda de preço média de 4,5% no segundo trimestre, a mais elevada entre as categorias avaliadas pela Marsh.

Ainda assim, o ritmo de redução foi bem inferior ao do primeiro trimestre (-5,6%) e ao do quarto trimestre de 2015 (-7,6%).As linhas de responsabilidade civil fecharam o trimestre com uma redução média de 2,9% nas renovações dos programas, contra -2,4% nos três meses anteriores.

Já entre as linhas financeiras a queda no segundo trimestre foi de 3,1%, contra 2,4% no trimestre anterior.A Marsh também observou uma moderação do ritmo de aumento de preços para coberturas de riscos cibernéticos nos Estados Unidos, uma linha que vai contra a tendência geral do mercado devido a uma explosão da demanda por clientes corporativos.No primeiro trimestre, os preços de seguros cibernéticos haviam aumentado uma média de 12%, e no final de 2015 o ritmo de aumento havia se aproximado de 17%. Mas entre abril e julho o incremento das tarifas se reduziu a 6,9%, de acordo com a corretora.ResultadosA exemplo das resseguradoras, as duras condições do mercado estão afetando a performance das seguradoras globais.A Allianz Global Corporate & Specialty viu seu lucro operacional cair de 158 milhões de euros entre janeiro a junho de 2015 para 114 milhões de euros no mesmo período de 2016, em grande medida devido ao aumento das perdas catastróficas naturais.Os prêmios caíram de 4,48 bilhões para 4,25 bilhões de euros no mesmo período, enquanto que o índice combinado chegou a 102,9%.

A americana AIG teve um lucro líquido de US$ 1,1 bilhão no segundo trimestre, comparado com US$ 1,9 bilhão no mesmo período do ano passado. Mas a atividade de seguro P&C teve uma queda de 34% nos lucros.As perdas catastróficas aumentaram 69%, e o volume de prêmios caiu 21%, ainda que a seguradora tenha argumentado que este último número reflete sua estratégia de enxugar as suas operações.A australiana QBE teve um lucro 46% menor, em grande parte devido a um aumento do volume de perdas sofridas por grandes clientes na Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos.Na América Latina, porém, a empresa reportou um aumento de prêmios de 16%, com o Brasil e a Argentina como os principais destaques. No Brasil, os prêmios cresceram 32% no primeiro semestre, afirmou a empresa, com a área de seguros de viagens aparecendo como destaque.Já a Zurich apresentou melhores números do que em 2015, no que analistas interpretaram como sinais de melhoras para uma empresa que passou momentos complicados no ano passado.A empresa fechou operações em países como o Marrocos, Taiwan e África do Sul e está passando por um processo de reestruturação de suas atividades.

Mas a empresa afirmou que o negócio latino-americano da empresa está se beneficiando de um aumento do volume de prêmios, especialmente no Brasil.O negócio segurador do grupo suíço teve um lucro operacional de US$ 663 milhões no primeiro semestre, comparado com US$ 460 milhões no mesmo período do ano passado. A unidade de seguros corporativos viu seu lucro operacional atingir US$ 273 milhões, como o índice combinado caindo de 113,9% no final de 2015 para 99%.A Axa reportou um crescimento de 3% no seu volume de prêmios P&C, incluindo 9% de evolução em mercados emergentes. O índice combinado do negócio não-vida passou de 96,9% para 98,2%.

 

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