As empresas de medicina de grupo —que
fazem a maior parte de seus atendimentos em redes próprias—,
ampliaram em 1,2% o número de beneficiários em 2016, segundo a ANS,
que regula o setor.
Entre as modalidades de operadoras de
planos de saúde, essa foi a única que cresceu no ano passado. A
carteira das cooperativas médicas, como as Unimeds, caiu 5,4%.
“Há uma migração de cooperativas para
convênios”, afirma Lício Cintra, diretor-presidente do grupo São
Francisco, de Ribeirão Preto, que aumentou em 18,6% o total de
clientes em 2016.
A crise das Unimeds contribuiu para
esse movimento, segundo Cintra.
O custo dos convênios também teve
influência, principalmente no setor empresarial —com a crise, caiu
o valor dos benefícios concedidos a funcionários, o que beneficiou
planos mais baratos.
“A média de preço da medicina de grupo
é de 30% a 40% mais baixa que a de planos em que o cliente tem
liberdade para escolher onde fazer seu atendimento, como os
seguros”, afirma Jorge Pinheiro, presidente da Hapvida.
A operadora aumentou em 9,6% a venda
de planos coletivos (empresariais) no ano.
No caso da São Francisco, cresceu o
total de empresas que contratam planos, mas caiu número de
funcionários por companhia, diz Cintra.
“Com uma retomada do emprego, o número
de beneficiários deverá crescer de forma significativa, sem
necessidade de um esforço nosso de buscar novos clientes.”