A geração de negócios para os
corretores de seguros, um dos quatro pilares do programa de gestão
de Alexandre Camillo na presidência do Sincor-SP,
conquistou prioridade diante da crise econômica. As ações do
sindicato voltadas ao empreendedorismo da categoria foram um dos
temas abordados pelo dirigente no primeiro almoço do ano do Clube
dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP), exclusivo para
associados, realizado no dia 7 de fevereiro.
Segundo Camillo, mesmo sentindo os
efeitos da crise econômica, os corretores têm apresentado
desempenho acima das expectativas. O decréscimo de apenas 1,6% no
volume de prêmios do seguro automóvel no último ano é um feito da
categoria, em sua opinião, já que no mesmo período a venda de
veículos caiu 40%. Ele reconhece que no momento algumas opções para
a diversificação da carteira estão prejudicadas pela crise. O
seguro saúde, por exemplo, “entrou em colapso”, em sua visão, e o
seguro garantia, que também poderia ser uma alternativa, enfrenta
instabilidades devido às propostas legislativas que preveem
profundas mudanças.
Mas Camillo garante que a instituição
está atenta às necessidades dos corretores e trabalha para
estimular o empreendedorismo da categoria. Para ele, o próprio
cenário de crise traz oportunidades de negócios, como, por exemplo,
a venda de produtos de previdência privada. “Esta é uma lacuna que
devemos preencher habilmente e o Sincor-SP quer liderar esse
processo, inclusive para que o corretor possa cumprir o seu papel
de agente do bem estar social, levando proteção à população”,
disse.
Em 2016, o Sindicato continuou levando
a mensagem do empreendedorismo aos corretores por meio de seus
eventos, obtendo a participação recorde de 20 mil profissionais. “É
um número significativo, que representa em torno de 20% da
categoria no país”, observou. Outro item do programa de gestão, a
divulgação do corretor, também foi cumprida à risca, segundo ele,
por meio de ações diversas, como encontros com a grande imprensa e
eventos.
Já o Conec foi um marco, na opinião do
dirigente, por trazer uma questão inédita para a corretagem e até
para o setor: a necessidade de uma agenda. “Enquanto o mercado era
crescente, não se parava para avaliar se estava bem e evoluindo”,
disse. Ele contou que a proposta de agenda resultou na criação da
Comissão Especial de Distribuição de Seguros, com a participação de
representantes do setor.
Para este ano, na extensa agenda de
eventos do Sincor-SP, Camillo informou que além das oficinas de
empreendedorismo também está programado um encontro com todas as
entidades do setor. “Faremos um movimento e por que não até um
manifesto das situações que nos afligem e são nossos anseios”,
disse. Ele encerrou sua participação no encontro do CCS-SP
reforçando o propósito do Sincor-SP de melhorar o negócio da
corretagem. “É nisso que demandamos toda a nossa energia e atenção,
para que possamos ter paz e conforto para vislumbrar as
oportunidades”, disse.
Em sua participação especial no
evento, o presidente da Cooperativa de Crédito Mútuo dos Corretores
de Seguros do Estado de São Paulo (Credicor-SP), Luiz Ioels,
apresentou os resultados do último ano. O número de cooperados
chegou a 1.769, um crescimento de 30%, e o capital próprio aumentou
na mesma proporção, atingindo R$ 3,5 milhões. Em 2016, a
Credicor-SP concedeu R$ 18,2 milhões em empréstimos, montante 60%
maior que no ano anterior, e distribuiu aos cooperados, além do
lucro sobre o capital próprio, as sobras líquidas. “Significa a
consolidação da cooperativa. O corretor que não é cooperado está
perdendo dinheiro”, disse.
Aniversário do Clube
O mentor do CCS-SP, Adevaldo Calegari,
comunicou aos associados algumas das iniciativas previstas para
comemorar os 45 anos da entidade ao longo do ano. Segundo ele, o
CCS-SP receberá homenagem da Câmara Municipal de São Paulo e ainda
prestará homenagens aos seus fundadores e ex-mentores. A história
de fundação do CCS-SP, que foi criado para dar voz aos corretores
de seguros na época do regime militar, será apresentada em um
hotsite específico para o aniversário de 45 anos, que trará
depoimentos, entrevistas e fatos marcantes da trajetória da
entidade.
“Quando o Clube foi criado, o seguro
representava 0,6% do PIB. Hoje, 45 anos depois, estamos próximos de
7%. Significa que todo esse trabalho, esse esforço, culminou em uma
história de sucesso que queremos contar”, declarou.