Com o aumento de pequenas e médias
empresas no mercado, os seguros e planos de saúde estão apostando
nesse perfil de negócio, com poucos funcionários, a partir de dois,
por exemplo. De acordo com os últimos dados apurados pela
Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) com base na
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) existem 4,5 milhões de
pessoas vinculadas a planos com menos de 30 vidas.
Um dos fatores importantes na hora de
contratar um serviço como esse para a sua empresa, é buscar um
produto que ofereça autonomia e praticidade para os beneficiários,
já que a maioria das PME’s não têm tempo para administrar algo a
mais, pois quase sempre, é o próprio dono que está resolvendo todos
os problemas da empresa.
Algumas pessoas ainda têm dúvidas e
podem confundir o plano com seguro, mas eles são dois produtos
diferentes. A principal diferença é o reembolso das despesas
médicas. No primeiro, há um acompanhamento durante o processo, já
no seguro, o cliente deve arcar com as despesas e depois procurar o
reembolso dos gastos, além de poder escolher onde será o
atendimento.
Ao notar que estava perdendo um nicho
importante do mercado, a Porto Seguro Saúde apostou, em setembro de
2017, em seguros para empresas a partir de cinco vidas. “Percebemos
que estávamos de fora de um nicho de mercado e decidimos investir
nele”, conta a superintendente operacional Mônica Bortolossi, que
antes trabalhava com seguros para empresas a partir de 20 vidas.
Por enquanto, a seguradora atua apenas no Rio de Janeiro e São
Paulo. De janeiro a maio, houve um número 10% maior de contratações
desse tipo de seguro em relação à 2017.
Já a SulAmérica, tem esse produto há
algum tempo e o vice-presidente de marketing, André Lauzana,
reconhece que esse segmento representa, cada vez mais, uma parte
importante das vendas. O plano para PME's, de três a 99 pessoas,
representa hoje 25,6% de todas as vendas, com crescimento de 10,6%
da modalidade no primeiro trimestre de 2018, em relação ao mesmo
período do ano passado.
Reinaldo Scheibe, presidente da
Abramge, comenta que o país vive momento favorável ao surgimento de
microempreendedores. “Essa tendência tem encontrado espaço na
sociedade, seja por conta do desejo de desenvolver projetos
individuais ou pelo aumento do desemprego nos setores
tradicionais”, observa. Porém, Reinaldo alerta que no início do
ano, a ANS publicou um normativo impondo regras para este tipo de
plano (Empresa de Pequeno Porte – EPP, Microempreendedor Individual
– MEI e com Cadastro Específico do INSS – CEI) que devem ser
checadas pelos empresários.
Praticidade e
comodidade
A forma de aderir esse tipo de plano
ou seguro, tende a ser simplificada, para seguir a linha de
oferecer praticidade e comodidade ao cliente. Basta procurar um
corretor e comprovar os dados com alguns documentos. Quanto o
empresário vai ter que reembolsar para oferecer uma assistência de
saúde para os seus funcionários, vai depender muito da idade e sexo
de cada um, mas Mônica conta que, em média, um funcionário de 35
anos, custa R$ 290. No plano da SulAmérica, podem fazer parte
sócios, administradores, diretores e funcionários, incluindo
aprendizes, estagiários, expatriados e aposentados.
O foco da SulAmérica é oferecer um
produto customizado. A empresa conta com opções de agregar ao
pacote o seguro viagem, para aqueles que viajam muito à trabalho.
“A ideia é o empresário poder enquadrar o plano na sua realidade”,
diz André. Segundo ele, com o aplicativo é possível resolver muita
coisa. “Fazemos de tudo para entregar satisfação e permitir que a
empresa foque na sua atividade profissional”, completa.
*Sob supervisão da editora
Cassandra Barteló