O maior desafio das instituições
de saúde no cenário atual é colocar a segurança dos seus pacientes
como o foco de suas estratégias. É necessário proporcionar mais
confiabilidade em seus serviços, e estamos falando não somente do
corpo clínico, mas também de setores como limpeza, cozinha,
administrativo e até mesmo terceiros ou fornecedores deste
hospital. Uma das formas de gerir tais processos são os meios de
certificação disponíveis, que no cenário de transformação da
sociedade em uma aldeia global tornam-se a cada dia mais
importantes.
Notamos que a TI possui papel de
protagonista em um hospital, e a certificação é imprescindível para
a gestão desse setor. Por exemplo, quando o software de prontuário
eletrônico da instituição é certificado, proporciona ao paciente
agilidade em seu tratamento, o que pode, inclusive, salvar vidas.
Um médico pode ter acesso aos últimos exames e diagnósticos do
cidadão sem que haja a necessidade de solicitar a pasta física ao
SAME. A inserção de dados clínicos são feitos de forma estruturada
e a assinatura digital garante sua inviolabilidade. Temos, então,
uma situação segura e que auxilia o corpo clínico a dar o
diagnóstico o mais rapidamente possível.
Estamos falando de uma quantidade
de dados que precisam ao mesmo tempo ser tratados com
confidencialidade e proporcionar bibliografia médica que possa
ajudar em diagnósticos. Imaginemos poder comparar as análises de um
hospital com as análises de outras instituições. Dados de
tratamento de doenças endêmicas, quadros de sinais e sintomas
específicos, qual tratamento foi mais eficaz em cada situação e
qual o tempo médio de recuperação dos pacientes em diversas
regiões.
Para que esse processo não agrida
a privacidade dos pacientes foram desenvolvidas uma série de
normativas que precisam ser seguidas. Possuímos diversos meios para
garantir que a tecnologia trabalhe para melhorar o atendimento das
instituições com total segurança para as pessoas. Podemos citar
como exemplo a SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde),
que em parceria com o CFM (Conselho Federal de Medicina), emite
certificações que garantem a utilização adequada de todos os dados
gerados pelo hospital, clínica ou posto de saúde. Trabalhar sem a
certificação adequada acarreta colocar em risco essas
informações.
Essa estruturação tem uma série de
desafios e o maior de todos eles é fomentar melhores práticas em
todos os setores do hospital, como um conjunto de inovações que
façam parte do dia a dia da instituição e consequentemente do
software em si. É preciso que processos sejam criados para que a
inserção e manuseio de todos os dados sejam feitos corretamente. As
certificações implicam também, na adequação destes processos
garantindo confiabilidade. Com estes pontos estruturados notamos
uma significativa melhora dos processos internos dos hospitais, o
que por consequência impacta diretamente no bom atendimento aos
pacientes.
* Fábio de Almeida Usier é diretor
de operações na Wareline