No ano o crescimento de beneficiários de
planos de saúde é de 4% e no acumulado de 12 meses o avanço atinge
7,9%
Há uma grande preocupação mundial quanto ao equilíbrio das taxas de
câmbio. É pauta das próximas reuniões do G.20 estabelecer uma
política para buscar um equilíbrio sustentável da taxa de câmbio de
países tanto em situação de déficit quanto superávit muito elevado
em transações correntes. Em diversos países o desequilíbrio tem
origem orçamentária. O déficit fiscal gera aumento da dívida,
financiada pela emissão de títulos por países deficitários que são
comprados por países superavitários. Os primeiros acumulam
reservas, os outros, dívidas. Isso aconteceu na Zona do Euro entre
Alemanha e Grécia e acontece com Estados Unidos e China.
Em 2009 a economia mundial teve desempenho positivo frente às
perspectivas, resultado de forte intervenção por parte dos
governos. Para 2010, o crescimento no mundo desenvolvido segue em
ritmo lento contido devido à fraca recuperação dos EUA e da zona do
euro. As economias emergentes deverão continuar à frente do
crescimento da economia mundial. Para 2011, o FMI projeta baixo
crescimento mundial, de 4,2% abaixo do projetado para 2010, de
4,8%.
No Brasil, o crescimento econômico recente, as boas perspectivas de
sua continuidade no futuro, e a relação risco-retorno dos ativos
baseados em real foram responsáveis pela manutenção da entrada de
capitais estrangeiros no país. Mas preocupa a taxa de câmbio, com o
Real valorizado o que pode afetar o desempenho da Balança
Comercial. O problema aqui também é fiscal. Com a política fiscal
expansionista e a redução do superávit primário, o Banco Central
tem pouco espaço para conter a valorização do real pela política
monetária diminuindo a taxa de juros, sem que isso crie um aumento
de demanda e acabe gerando inflação.
Em 2011, inicia-se o mandato de um novo presidente para o Brasil. O
grande desafio, para não ser necessário frear o crescimento, será o
ajuste fiscal. Dentre as tarefas esperadas está a redução da
relação entre dívida pública e PIB, a diminuição da carga
tributária, o aumento do nível de investimento e a reforma
previdenciária.
Em todas essas matérias o Brasil ficou aquém da média dos países
emergentes com grau de investimento. Esses serão os principais
entraves à sustentabilidade do crescimento brasileiro no futuro. No
passado recente, o desempenho econômico do Brasil foi muito bom. O
País viu o número de empregos formais crescer, como consequência do
próprio crescimento econômico. O Banco Central teve sucesso em
manter o controle inflacionário. A expansão do crédito possibilitou
o aumento do consumo. O desafio agora é enfrentar o crescente
déficit em conta corrente, para viabilizar taxas de crescimento
mais robustas. As perpectivas do mercado imediatamente antes do
resultado da eleição presidencial indica crescimentro do PIB
modesto para 2011, de 4,5%.
O crescimento da saúde suplementar depende do crescimento
econômico, do emprego formal, das rendas e das mensalidades médias
dos planos. Pela primeira vez a ANS apresenta sua agenda
regulatória. Isso ajuda a alinhar as expectativas setoriais e a
aumentar a transparência do processo. O principal compromisso
assumido é para com a atualização das regras e consolidação dos
normativos.
Os trabalhos estão sendo desenvolvidos em câmaras técnicas com a
participação de representantes do setor para elaboração da proposta
e posterior abertura de consultas públicas sobre a adequação do
normativo. O setor também aguarda a nomeação de dois diretores para
a Agência Nacional de Saúde Suplementar após o encerramento de dois
mandatos em outubro.
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